quinta-feira, 13 de junho de 2013

CONSTRUTORA OU PEDREIRO

Construtora versus Pedreiro!


Uma das primeiras dúvidas que temos antes de iniciar um empreendimento de construção é: será mais vantajoso contratar uma empresa construtora ou um pedreiro autônomo?. Bem, deve-se analisar com muita atenção os prós e os contras das duas opções. Abaixo temos algumas vantagens e desvantagens de ambos e alguns cuidados e dicas na hora de construir.

 

Construtora

Vantagem:
·        Realiza todos os procedimentos necessários para construção (Limpeza, terraplanagem do lote);
·        Prazo de entrega da obra com tempo determinado;
·        Responsável por toda parte burocrática (Alvará, direitos trabalhistas, CREA, etc..);
·        Responsável pela compra e utilização do material a ser utilizado;
·        Responsável pela contração de pessoal qualificado para obra.

Ou seja, ao contratar uma empresa construtora, a pessoa fica mais tranqüila sem dor de cabeça ou preocupação em fiscalizar a obra ou da falta de materiais.

Desvantagem

·        Cobram cerca de 20% a mais do valor da construção;
·        Não incluem ou facilitam adaptações naquilo que não está no contrato;

Cuidados:

Alguns cuidados devem ser tomados quando se optar por contratar uma construtora que são:
·        Verificar se tem registro no CREA (Pois caso seja necessário você poderá recorrer aos seus direitos junto ao CREA e ao PROCON)
·        Verificar histórico da empresa, conversar com clientes atendidos por ela, e saber sobre os prazos de entrega, qualidade da obra e satisfação dos clientes.
·        Fazer orçamentos em várias construtoras ( como não existe uma tabela fixa, cada construtora cobra determinado valor de acordo com a obra)
·        Fazer um contrato detalhado, não esquecendo nenhum detalhe, desde o tipo de cimento da fundação que quer utilizar até o tipo de maçaneta que quer colocar na porta. (muito importante)

Dicas:
·        Não é sua responsabilidade a compra de material e nem a estocagem deste material e sim da construtora;
·        A construtora é responsável integralmente pela obra, se for necessário limpeza ou terraplanagem ela deverá fazer;
·        Caso deseje construir um muro ao redor da imóvel, faça um orçamento aparte ou contrate um pedreiro autônomo (sairá mais em conta).

Pedreiro Autônomo

Vantagem
·        Utilização correta da quantidade de material
·        Facilidade em negociação do pagamento (diário ou empreitada)
·        Garantia de que está sendo utilizado um material de qualidade (afinal foi você quem comprou)
·        Modificações e alterações no projeto da obra
·        Parar a construção da obra e retomar quando achar melhor.

Desvatagem
·        Prazos de entrega da obra não são precisos (geralmente demoram 2 a 3 meses a mais que as construtoras);
·        Podem não cumprir acordos pré-estabelecidos;
·        É preciso fiscalizar diariamente o andamento da obra;
·        Você precisa comprar todo material necessário da obra pessoalmente;
·        Realizar orçamentos e negociar com as casas de materiais de construção;
·        Resolver toda parte burocrática (Alvará, Registro da obra, contratar engenheiro).
Ou seja, ao contratar um pedreiro autônomo dará muita preocupação e coisas para solucionar, como falta de material, por exemplo.

Cuidados:
  • Cuidados ao contratar um pedreiro autônomo que você não conheça muito bem. Antes de contratar procure referencias;
  • Sempre o andamento da obra deverá ser fiscalizado, principalmente se o pedreiro receber diariamente;
  • Nunca dê total autonomia ao pedreiro para decidir o que fazer e como fazer ( peça orientação de um engenheiro);
  • Faça contrato, mesmo sendo autônoma a utilização de contrato se faz importante, pois caso algo esteja fora do padrão ou ele te deixe na mão você poderá recorrer à justiça comum, o pedreiro autônomo deverá responder tanto quanto uma empresa especializada de construção civil.

Dicas:
  • Se o Pedreiro for de total confiança dê a ele total autonomia para comprar material necessário para obra (ele como ninguém sabe o que é bom e barato para a construção)
  • Pedreiro com boas referencia dispensam a fiscalização diária, mas se preocupe em ver a obra a cada 2 dias.
  • Tente negociar por empreitada cada etapa da obra, geralmente sai mais em conta.

Valores:
O valor cobrado varia de acordo com o tipo de obra, se é uma construção de
padrão luxo, mediana ou básica e é cobrado por Metro/Quadrado ( m2).
Damos um exemplo, como a utilizada no programa Minha Casa Minha Vida do
Governo.
Custos Construção Básica:
Pedreiro:                    R$ 250,00 p/m² (fora material)
Construtora:              R$ 800,00 p/m² (incluso material)
Material:                    R$ 350,00 p/m²
Diferença:                           
Construtora:              R$ 800,00 p/m²
Por conta própria:     R$ 600,00 p/m²
Economia de R$ 200,00 p/m²

Uma obra de 70 M2 (Minha casa, Minha Vida) custaria:
Construtora:                       R$ 56.000,00
Por contra própria:            R$ 42.000,00

PROCON dá dicas de como evitar problemas!
A supervisora da área de produtos e serviços PROCON-SP, Márcia Christina Oliveira, aconselha que tanto para a contratação de pedreiros quanto de empreiteiras é preciso firmar contrato. “Isso estabelece garantia para quem contrata os serviços. No caso de alguma reclamação ou falta de cumprimento do que foi firmada, a pessoa pode acionar o PROCON para tentar reverter a situação”. É preciso que conste no documento (contrato) recibos e pagamentos do que foi feito, endereço, RG e CPF do profissional ou da empresa, prazo de entrega da obra, valor acordado pelo serviço e formas de pagamento. “Entregue isso, vamos notificar o profissional e num prazo de dez dias é preciso que haja algum acordo. Caso contrário, é marcada audiência de reconciliação. O que não pode acontecer é deixar de recorrer.”

COMO DIMENSIONAR FOSSA E SUMIDOURO

O que é a fossa séptica e como funciona

As fossas sépticas são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a separação e transformação da matéria sólida contida no esgoto. Existem vários tipos de de fossas, alguns já patenteados. Fisicamente consistem basicamente em uma caixa impermeável onde os esgotos domésticos se depositam. Pois, em grandes obras devemos ter sempre um controle 100% rigoroso, desta forma se sabemos da procedência e o controle de como a fossa tá sendo feita, então podemos adotar as mesma, caso contrário devemos sempre dimensionar e executar (construir) as mesmas na obra.
Observações Importantes: As fossas sépticas não devem ficar muito perto das moradias (para evitar mau cheiro) nem muito longe (para evitar tubulações muito longas). A distância recomendada é de 4 metros. Elas devem ser construídas do lado do banheiro, para evitar curvas nas canalizações. Também devem ficar num nível mais baixo do terreno e longe de poços ou de qualquer outra fonte de captação de água (no mínimo 30 metros de distância), para evitar contaminações, no caso de um eventual vazamento. O tamanho da fossa séptica depende do número de pessoas da moradia. Ela a dimensionada em função de um consumo media de 200 litros de água por pessoa, por dia. Porem a capacidade nunca deve ser inferior a 1000 litros. As fossas sépticas podem ser de dois tipos: -Pré-moldadas -Feitas no local (Recomendada para Grandes Obras)
Execução: A execução fossa séptica feita na obra começa pela escavação do buraco onde a fossa vai ficar enterrada no terreno. O fundo do buraco deve ser compactado, nivelado e coberto com uma camada de 5 cm de concreto magro, (1 saco de cimento, 8 latas de areia, 11 latas de brita e 2 latas de água, a lata de medida a de 18 litros) sobre o concreto magro é feito uma laje de concreto armado de 6 cm de espessura (1 saco de cimento, 4 latas de areia, 6 latas de brita e 1,5 lata de água), malha de ferro 4.2 a cada 20 cm.
As paredes são feitas com tijolo maciço, ou cerâmico, ou com bloco e concreto. Durante a execução da alvenaria, já devem ser colocados os tubos de entrada e saída da fossa (tubos de 100 mm) e deixa ranhuras para encaixe das placas de separação das câmaras, caso de fossa retangular.
As paredes internas da fossa devem ser revestidas com argamassa a base de cimento (1 saco de cimento, 5 latas de areia e 2 latas de cal).
A fossa séptica circular, na qual apresenta maior estabilidade, utiliza-se para retentores de escuma na entrada e na saída, Tês de PVC de 90 graus com diâmetro de 100 mm. Na fossa séptica retangular a separação das câmaras (chicanas) e a tampa da fossa são feitas com placas pré-moldados de concreto. Para a separação das câmaras são necessárias cinco placas: duas de entrada e três de saída. Essas placas têm quatro centímetros
de espessura e a armadura em forma de tela.
OBS: A tampa a subdividida em placas, para facilitar a sua execução e até a sua remoção. As placas possuem 5 cm de espessura e sua armação também é feita em forma de tela.

O que é o Sumidouro e como funciona
É um poço sem laje de fundo que permite a penetração do efluente da fossa séptica no solo. O diâmetro e a profundidade dos sumidouros dependem da quantidade de efluentes e do tipo de solo. Mas, não deve ter manos de 1m de diâmetro e mais de 3m de profundidade, para simplificar a construção. Os sumidouros podem ser feitos com tijolo maciço ou blocos de concreto ou ainda com anéis pré-moldados de concreto.
A construção de um sumidouro começa pela escavação do buraco, a cerca de 3m da fossa séptica e num nível um pouco mais baixo, para facilitar o escoamento dos efluentes por gravidade. A profundidade do buraco deve ser 70 cm maior que a altura finas do sumidouro. Isso permite a colocação de uma camada de pedra, no fundo do sumidouro, para infiltração mais rápida no solo, e de uma camada de terra, de 20cm, sobre a tampa do sumidouro. Os tijolos ou blocos só devem ser assentados dom argamassa de cimento e areia nas juntas horizontais. As juntas verticais devem ter espaçamentos(no caso de tijolo maciço de um tijolo), e não devem receber pré-moldados, eles devem ser apenas colocados uns sobre os outros, sem nenhum rejuntamento, para permitir o escoamento dos efluentes. A laje ou tampa do sumidouro pode ser feita com uma ou mais placas pré-moldadas de concreto, ou executada no próprio local, tendo o cuidado de armar em forma de tela.

Exemplo Prático - Projetar o TQFA Sumidouro para um edifício com 8 pavimentos tipo, térreo pilotis, com 4 apartamentos por pavimentos, padrão médio de acordo com os dados abaixo:
1. Profundidade do coletor na entrada do TQ e igual 0,70m
2. Distância mínima do fundo das unidades ao lençol d’’água e igual 1m.
3. Diâmetro do coletor Ф150mm, declividade 1%.
4. Desnível entre o NA do TQ e do FA é Δh = 0,20m.
5. Distancia média entre FA e Sumidouro 10m.
6. Coeficiente de percolação do solo K=0,08 m/ m2.dia.
7. Período de limpeza de 4 anos.

DIMENSIONAMENTO DA FOSSA SÉPTICA.
1º Passo: Determinação do Numero de contribuintes (N)
- Edifício com 8 Pavimentos tipo com 4 apartamentos por pavimentos, Padrão Médio(2 Dormitórios sendo um de Casal, Sala, Cozinha, Banheiro, Área de Serviço), Logo Admitindo 5 pessoa por apartamento e Mais 5 Pessoas da Administração condominial e mais 1% de Visitas temos:
N = 8 x 4 x 5 + 5 + 0,01(8 x 4 x 5) = 166,6 = 167 Pessoas
2º Passo: Determinação das contribuições unitárias de esgoto(C) e de Lodo Fresco (Lf)
- Tomando a Resistência com padrão Médio Temos Pela Tabela 1 NBR7229/1993 os seguintes valores:
C = 130 litros/dia x pessoa
Lf = 1 litros/dia x pessoa
3º Passo: Determinação do período de detenção (T)
- Para a determinação do período de detenção consulta-se a tabela 2 (NBR7229/1993). Porém, antes disso é preciso calcular a contribuição diária, obtida a partir do produto entre a contribuição diária por pessoa vezes o número de pessoas.
C(diária) = N x C = 167 x 130 = 21710 litros/dia
Tomando 21710 litros/dia como contribuição diária consulta-se a Tabela 2 (NBR7229/1993) e Obtemos:
T = 0,50 dias
4º Passo: Determinação da taxa de acumulação total de lodo(K), por intervalo entre limpeza e temperatura de mês mais frio.
- Admitindo um valor de temperatura média para o mês mais frio do ano, compreendendo t>200, para o caso de Belém – PA, e um intervalo entre limpeza da fossa de 4 anos, consulta-se a tabela 3 (NBR7229/1993), obtém-se K = 177 dias
5ºPasso: Cálculo do volume útil (V)
V = 1000 + N (C x T + K x Lf) – NBR7229/1993
- Colocando os dados obtidos nos passos anteriores, temos:
V= 1000 + 167(130 x 0,50 + 177 x 1)
V = 41414 litros V = 41,414 m3
6º Passo: Determinação das dimensões
- Conforme os dados acima Têm:
Profundidade Mínima(m)(NBR7229) (metros) = 1,80m
Profundidade Máxima(m)(NBR7229) (metros) = 2,80m
4,30 = 0,75 + h + 1,00 ► h = 2,55 m
h = 2,55m, está entre a profundidade mínima e profundidade máxima, então será o adotado para o dimensionamento das dimensões da fossa.Em caso de fosse maior ou menor de que as dimensões especificada pela norma se adotaria as especificações verificada acima.
4BL 2 ≤ ≤ (NBR7229)
Solução Tipo Prismática
L = 2B L = 4B
Solução Tipo Cilíndrica
h = 2,55m

II - DIMENSIONAMENTO DO SUMIDOURO
C(diária) = N x C = 167 x 130 = 21710 litros/dia K = 0,08 m/ m2. dia = 80 litros/m2.dia
1 m-------------- 80 litros/dia
S -------------- 21710 litros/dia
A tubulação entra no tanque a 0,70m de profundidade e sai deste a 0,75m.
Então, o NA do tanque séptico esta na profundidade de 0,75m. como o desnível entre TQ FA é 0,20m então o NA do FA esta a 0,95m de profundidade.Como o diâmetro do coletor é de 0,15m calha será de 0,15m, coicindindo o fundo da calha com a geratriz inferior que sai de FA.Então a cota do coletor na saída do FA é de 1,10m.
A cota do sumidouro será igual á: 1,10 + 0,01x10 = 1,20m
Como a cota na entrada do sumidouro é de 1,20m então o Valor de H é:
H = 4,30 – 1,0 – 1,20 = 2,10m
( Área ) 9,65
4π.D  1,80
17,368
4π.D22
=π.D.2,10 271,38
4π.D
π.D.H 271,38
4π.D2
S = 271,38 m

CALCULANDO ATERRO


CALCULO DE EMPOLAMENTO E CONTRACAO DO SOLO

Os volumes de terra medidos pela topografia são diferentes dos que precisam ser carregados no caso de aterros ou cortes no terreno. Confira como calcular a quantidade de caminhões e caçambas em serviços de terraplenagem

Empolamento e contração do solo
Ao escavar o solo, a terra fica solta e passa a ocupar mais espaço. Esse efeito é conhecido como empolamento e é expresso em porcentagem. Se ao escavar 1 m3 de solo ele aumenta para 1,3 m3, o empolamento é de 30%.
É importante conhecer esse fenômeno para planejar os equipamentos, principalmente de transporte, e também a produtividade. Caso o volume de corte do solo seja de 100 m3, o total a ser transportado será de 130 m3, graças ao empolamento.
O oposto do empolamento é a contração. Ou seja, o quanto a terra ocupa a menos de volume quando compactada. Nesse caso, o volume final é inferior ao que a terra ocupava no corte. Assim, para executar um aterro com 1 m3, será preciso mais que 1 m3 de terra.
CÁLCULO PRÁTICO DO EMPOLAMENTO

1. Vamos imaginar uma obra que necessite escavar 50 m3 de terra, medido pelo serviço de topografia. O objetivo é descobrir o Vs (volume de terra solta) para definir o transporte, o que é calculado a partir da seguinte fórmula, sendo que "Vc" é o volume medido no corte; e "E" é o empolamento.
Vs = Vc (1 + E)
2. Para exemplo, vamos considerar que a terra é comum, com taxa de empolamento de 25%. Para realizar a conta, transforme a porcentagem em 0,25. A conta fica assim:
Vs = 50 (1 + 0,25)
Vs = 50 x 1,25
Volume de terra solta = 62,5 m3
3. Portanto, depois da escavação, o volume de terra, que era de 50 m3 no corte, aumentará para 62,5 m³.

TAXA DE EMPOLAMENTO
Segundo o livro Como Preparar Orçamentos de Obras, de Aldo Dórea Mattos, publicado pela Editora PINI, cada tipo de solo possui uma taxa de empolamento. Veja:
MATERIAL E (EMPOLAMENTO %)
Rocha detonada - E 50%
Solo argiloso - E 40%
Terra comum- E 25%
Solo arenoso seco - E 12%
ATENÇÃO
Uma caçamba comum tem capacidade média de 5 m3. Sem considerar a taxa de empolamento, seriam necessárias dez para carregar 50 m3. Portanto, muito cuidado ao realizar esse cálculo, pois na verdade são necessárias 12 caçambas.
CÁLCULO PRÁTICO DA CONTRAÇÃO

A contração ocorre quando o volume final é inferior ao que havia no corte. Se 1 m3 de solo (medido no corte) contrai para 0,9 m3 no aterro após compactação, a redução volumétrica é de 10%.
Para saber quanto de terra será necessário cortar para fazer um aterro com 50 m3 - e considerando redução volumétrica de 10% - vamos utilizar a seguinte fórmula:
Vc = Va/C
Onde:
Vc = Volume de terra medido no corte
Va = Volume compactado no aterro
C = Contração (se a redução volumétrica é de 10%, a contração é de 90%) Aplicando a fórmula, lembre-se de mudar a porcentagem. Assim: 90% = 0,90. Portanto:
Vc = 50/0,90
Vc = 55,55 m3

Se também quiser saber o volume de terra solta a ser transportada - usando a mesma taxa de empolamento de 25% -, basta utilizar, novamente, a fórmula:
Vs = Vc (1 + E) Vs = Vc (1 + E) Vs = 55,55 m3 (1 + 0,25) Vs = 55,55 m3 x 1,25 Volume de terra solta = 69,4 m3

Conclui-se, portanto, que para fazer um aterro com volume final de 50 m³ é necessário escavar 55,55 m3 e transportar 69,4 m3 de terra.